Arte e Cultura

Resgate cultural,

arquitetônico e social

O Armazém Rita Maria é um lugar de resgate cultural que se abre no espaço-tempo para a arte contemporânea.

Um lugar que carrega mais de um século de memória cultural precisa servir de solo fértil para a criação de novas ideias. Só assim sua história pode ser honrada pelas novas gerações, a partir do momento em que são convidadas a criar um vínculo real com esse espaço revitalizado. Essa é a missão da Hoepcke Empreendimentos, ao contar a valiosa história da família mediante o restauro do prédio do atual Armazém Rita Maria.

O passeio ao longo dos seis galpões convida as pessoas a conhecerem sua história.
Pode-se visualizar as marcas do tempo por meio da alvenaria, nas aberturas das paredes, nas estruturas de madeira, elementos de aço e na arquitetura industrial e comercial da época em que foram construídos.

Cada pedacinho do Armazém foi pensado para expor suas lembranças, no decorrer do processo de restauro.

Saiba mais sobre o restauro e a história do Armazém Rita Maria

Para a importante empreitada de revitalização dos galpões, a Hoepcke Empreendimentos formou uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros, arquitetos, urbanistas, restauradores, paisagistas e outros profissionais. Tudo foi minuciosamente planejado por esse time de especialistas com competências singulares e complementares. O objetivo era que o complexo de dois mil metros quadrados fosse capaz de resgatar memórias, mas também que se tornasse solo fértil para novos sonhos.

Ao longo do processo de restauro, cada camada de reboco retirada revelou histórias que a própria estrutura dos prédios conta. Os maiores desafios foram recuperar peças de madeira já deterioradas pelo tempo e montá-las com as mesmas tipologias de arquitetura da época colonial. “Um dos galpões possuía um forro rebaixado que, ao retirarmos, nos apresentou uma surpresa incrível: uma estrutura metálica trazida no fim do século 19 de Glasgow, Escócia, e montada nesse lugar onde existia uma Igreja”, conta Jonathan Carvalho, arquiteto restaurador.

A intenção do projeto arquitetônico, segundo Jonathan, era trazer a ambientação histórica dessas construções para um lugar contemporâneo. Por isso, além de tijolos e estruturas industriais expostas, o Instituto Carl Hoepcke garimpou objetos para criar uma expografia em todas as passagens entre os galpões, contando um pouco da história das empresas, da família e do funcionamento de cada um dos espaços.

Um dos objetos recuperados foi o leme do navio Carl Hoepcke, que em 1971, já rebatizado de Recreio, encalhou na baía de Santos. Para a remoção, o navio foi inteiramente recortado, mas o leme ficou parcialmente enterrado, não podendo ser removido à época. Depois de 35 anos a estrutura começou a reaparecer, podendo causar riscos aos banhistas. Foi então que a família fez seu custoso resgate. Com três metros de altura e forjado em aço maciço, o leme pesa aproximadamente duas toneladas. Recebeu tratamento e hoje figura em frente ao Armazém Rita Maria.

Trilhos de vagonetes que realizavam a movimentação das cargas entre os navios, o cofre de uma das empresas, hélices e pás de embarcações centenárias, um guindaste, postes de atracação e até um portão que dava acesso aos escritórios e oficinas do Estaleiro Arataca são algumas das peças expostas por toda a extensão do complexo multiuso. Uma verdadeira viagem no tempo em um espaço moderno e confortável, pensado para pessoas, famílias, pets e seus encontros.

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